Mostrar mensagens com a etiqueta Guarita. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Guarita. Mostrar todas as mensagens

Eu sou do tempo disto... A Guarita


Eu sou do tempo disto. A Guarita, não sendo um monumento nacional, era um monumento com lugar garantido nas minhas memórias e de muitos da minha geração. Assisti à sua degradação, porventura a caminho do fim sem honra nem glória. Tinha cumprido a sua missão e, como tudo o que já não faz sentido, o seu fim estava traçado. Hoje, temos uma cópia na Jardim Oudinot, graças a entidades com mais sensibilidade e bom gosto.
Quando era miúdo, tantas vezes por ali andei, a pé ou de bicicleta. Sozinho ou acompanhado. Via gente a apanhar recebolo para os porcos. Diziam que a carne dos suínos tinha outro sabor. Teria? Não faço ideia, mas acredito no saber de experiência feito.

Eu sou deste tempo…

Guarita e salicórnia 
Velha Guarita

Eu sou deste tempo. Do tempo da velha Guarita ali perdida no meio de uma rua estreita, comprida e esburacada, marginal à laguna, que saía do Forte e chegava à Chave, na zona da EPA (Empresa de Pesca de Aveiro). Não sou nostálgico, ao ponto de dizer que tenho saudades desses tempos. Não tenho. 
A Guarita, que regista na foto a marca do abandono, assistia à azáfama do povo a apanhar recebolo, com foicinhas, para alimento dos suínos, cuja carne teria um sabor especial. Não confirmo nem desminto. 
Há anos encetei uma busca para tentar descobrir que planta seria o tal recebolo. Consultei dicionários, antigos e modernos, “sites” e até associações ligadas à Língua Portuguesa. Por fim, e nem sei como, também alguém da Universidade de Aveiro. Ninguém conhecia o recebolo.
Há anos, numa Feira do Sal, que se realizou em Aveiro, junto ao Mercado Manuel Firmino, entrevistei um proprietário do salgado da Figueira da Foz, que vendia salicórnia. Seria o tal recebolo? Parece-me que sim.

Entrevista:


Egas Moniz na estação do Porto

  Quando vou ao Porto, a capital do Norte, lembro-me com frequência dos painéis que decoram a sala de entrada da Estação Ferroviária. Nunca ...