Momentos: Instabilidade


Em 1 de agosto de 2010 passei por este local, em Vouzela, com pedras em posição instável. Era só aparência, que as pedras não caíram ali por artes mágicas, antes foram postas de forma garantidamente segura. Mas crianças e adultos que passavam olharam espantados para a aparente instabilidade. 
A vida por vezes oferece-nos situações destas. Parece que tudo corre bem e, de repente, ficamos periclitantes, cai que não cai. Hoje, ao receber o convite telefónico para o almoço de antigos alunos da EICA (Escola Industrial e Comercial de Aveiro) fiquei surpreendido com a morte inesperada de amigos. Da minha idade… está bem de ver. Outros já nem atenderam a chamada. A vida é mesmo assim. Os meus pêsames às suas famílias.
Bom domingo para todos os meus antigos colegas e amigos.

Fernando Martins

Mas logo o sol brilhou



Na sala de espera do Instituto Português de Oncologia está sempre patente o rosto do País doente. E se não faltam expressões de dor, também nos confrontamos sempre com sinais de esperança.
Hoje [28 de abril de 2008] estive em Coimbra como acompanhante de um familiar, para consulta de rotina. Nada de grave, é certo, mas é bom cultivar a prevenção. E ali, na sala de espera cheia de pacientes e acompanhantes, os meus olhos saltitaram de rosto para rosto, na ânsia de perscrutar o que ia na alma de cada um. Uns denotavam tranquilidade, outros refletiam angústias, outros acreditavam na cura, outros fixavam os seus olhares num horizonte muito longe dali. Falta de cabelo disfarçada com lenço garrido em forma de chapéu que mãos hábeis souberam aconchegar, rostos macilentos, ternura em casais mais jovens e menos jovens, solidão de quem está só e que chega com bombeiro a ajudar. Todos os dias é isto.
Mas hoje ainda reparei nos voluntários que dão a sua alegria aos pacientes. Uns que acompanham os doentes às salas das consultas ou dos tratamentos, atentos e carinhosos; um que chega para anunciar, com ar de brincalhão, que todos podem dirigir-se ao átrio para tomar chá, café ou leite, “com umas bolachinhas”, tudo de graça, porque é oferta da Liga Portuguesa Contra o Cancro; outro que nos pergunta, solícito, se estamos com alguma dificuldade; outro, ainda, que anuncia que o São Pedro nos pregou uma partida: “andou-nos a dizer que tinha chegado o Verão e, afinal, está a chover.”
Que não senhor — responde um doente: “Ainda agora vim de lá de fora e estava bom tempo.” “Olhe que não, olhe que não” — responde o voluntário. E lança o desafio: “vá ali à janela e já vê.” E alguns foram. Eu também. Estava mesmo a chover. Mas logo o Sol brilhou.

Fernando Martins

O Douro


“Nenhum outro caudal nosso corre em leito mais duro, encontra obstáculos mais encarniçados, peleja mais arduamente em todo o caminho… Beleza não falta em qualquer tempo, porque onde haja uma vela de barco e uma escadaria de Olimpo ela existe.”


 Miguel Torga, in “Portugal”


Ontem [10 de setembro de 2008] subi o Douro com olhos bem abertos à contemplação das belezas de que tanto tenho ouvido falar. E lido, em autores que cantam o rio que cortou cerce o seu leito, deixando marcas de feridas que os séculos fizeram secar. As chagas sararam, mas as crostas ressequidas lá estão, oferecendo a quem as aprecia a dureza da corrida desenfreada das águas soltas e apressadas com vontade de descansarem no oceano. E se a beleza da paisagem é indiscutível, ao modo de nos obrigar a voltar, a paisagem bonita das velas dos barcos, de que fala Miguel Torga, já se foi com a voracidade do progresso.





Os rabelos há muito que perderam o privilégio de temperar e refinar o Vinho Fino nas bolandas da descida da Régua até Gaia. Aqui recebeu o batismo de Vinho do Porto, numa clara manobra de marketing, bem engendrada há séculos, que tais técnicas não são exclusivas dos nossos tempos.
O dia nasceu enevoado, com humidade cortante, junto à foz do Douro, assim chamado pela cor amarelada das lamas barrentas que as fortes correntes arrastavam dos montes e montanhas que guardam o rio e o tingem. Mas nem por isso proibia os olhares dos que gostam da novidade. Mais tarde, o sol furou as nuvens que nos vieram saudar. E então, o deslumbramento caiu sobre o “Infanta”, um barco que oferecia tranquilidade a quem viajava, pela serenidade com que enfrentava as águas doces que buscavam o casamento, apressado, com as águas salgadas do mar.
O verde da paisagem entrava-nos na alma, vindo de todos os cantos. Do arvoredo que não acusava falta de rega e do rio que o refletia, como sinfonia de acordes que nos emoldurava o espírito em dia de mais nada que fazer. Aqui e ali, casas semeadas pela encosta, ruas serpenteantes que as uniam, solares com capelinhas que abençoavam as vinhas, fonte que ainda não secou, dando "petróleo" tinto e branco àquele povo.




Mais pontes que ligavam gentes e terras do alto e do baixo Douro, pás de moinhos de vento, não para a farinha, mas tão-só para as novas energias arrancadas do cimo das montanhas que o deus Éolo, com a sua brutalidade, de quando em vez nos oferece. O que mais encanta o viajante, contudo, como marca indelével, são as escadarias de pomares e vinhas, quais altares ao deus-natureza, fonte de subsistência de povos que teimosamente procuraram adaptar-se a circunstâncias adversas. Hoje, talvez poucos tivessem a coragem de ficar agarrados à terra-mãe, com tal tenacidade e paixão, a não ser que encontrassem pelo caminho outra Antónia Ferreira, a Ferreirinha, com artes de convencimento e de estímulo.
O Douro, rio e região, fica sempre na alma de quem o visita e o observa de perto, admirando a obra de Deus e de homens e mulheres determinados, que nos deixaram como herança a ter em conta a força e a importância do trabalho.

Fernando Martins

Nota: Esta viagem foi organizada pela Câmara Municipal de Ílhavo e integrou-se na Semana da Maioridade. Ela serviu, também, para reencontrarmos e convivermos com gente que não víamos  há muito tempo.


F.M.

Ribeira Grande

Ribeira Grande

«A estrada sobe, a estrada desce, e a vegetação é cada vez mais impetuosa e forte. Já ao longe reluz uma brancura — Ribeira Grande. O panorama alarga-se, mas as nuvens começam a forrar o céu e o cheiro da humidade a entrar-me pelas ventas. Todo este ar lavado e amplo se emborralha. O calor amolece. Mais um lanço de estrada que sobe, e tenho diante de mim a rica planície da Ribeira Grande, largo quadro de tons variados, desde o loiro do trigo até ao verde-escuro do milho. Ao fundo, a toda a largura do céu, uma nuvem recortada e imóvel, estendida como um toldo, deixa um feixe de sol iluminar o oceano, enquanto o campo se conserva envolto em claridade esbranquiçada e magnética até à linha cinzenta dos montes.»

Raul Brandão, 
1924, 4 de agosto

Lita e João Paulo

Lita e Fernando 
Ao volante do seu carro, que chiava a cada curva apertada e roncava em cada subida íngreme, com montes teimosamente no horizonte e mar em múltiplas esquinas, o meu João Paulo não se cansava de nos indicar povoações, miradouros, culturas e gentes. Trigo e milho jamais. Casas bonitas, bem caiadas e asseadas, flores e verdura a ornamentarem a paisagem. Vacas aqui e ali. E nas aldeias, de ruas estreitas desafiando a perícia dos condutores, lá estavam monumentos singelos com evocações histórias.
As nuvens de Raul Brandão a forrarem o céu e a humidade abafada a envolverem-nos eram presença assídua e incomodativa. Depois o largo, a Ribeira Grande, a maior da ilha, segundo o testemunho de três ribeirenses que cavaquearam connosco na ponte. De conversa simpática. A Ribeira Grande afinal trazia pouca água. E explicaram. — Quando chove bem, a água escorre dos montes e o caudal cresce bastante e com força; depois vem a normalidade, mas nunca seca.
E continuaram: — As árvores enormes são como monumentos; ninguém as pode cortar; quando éramos meninos já cá estavam e gostamos muito de as ver sempre bem tratadas. 
Depois falaram da prisão que estava num lado do largo, numa espécie de torre quadrangular. E orgulharam-se das ruas ajardinadas e limpas, das casas pintadas sob fiscalização da Câmara, dos jardins com arte. E um acrescentou: — Um dia um morador abusou, pintando a sua casa com uma cor esquisita; a Câmara resolveu o problema; as leis são para ser cumpridas.

Fernando Martins

Junho de 2016

Um dia enriquecedor


Aprendi paciência, humildade e...

Ontem [18 de maio de 2007] estive umas boas horas no Hospital Infante D. Pedro. Para consulta de rotina e como acompanhante de um familiar com um incómodo que aconselhava o Serviço de Urgência. Olhando pela positiva, foi um dia enriquecedor. Aprendi paciência, humildade, respeito pelos outros, compreensão pelas dificuldades de profissionais e utentes, aceitação do sofrimento, atenção aos mais idosos, apreciei a disponibilidade de muitos, tentei ler o que vai na alma de alguns. O tempo de espera deu para muito. 
Aos hospitais chega de tudo. Gente idosa e mais nova, gente que vem acompanhada e gente que vem só, gente que tem tudo e gente a quem falta tanta coisa, gente que sofre e gente tranquila, gente com dores e gente que sabe consolar, gente que se senta e gente que procura ajudar quem chega. 
Para ajudar, não faltou a oferta de chá, café, leite e bolachas, graças à colaboração de voluntários hospitalares. Eram duas senhoras simpáticas e bem dispostas, que não se cansavam de chamar a atenção para a oferta. "Ninguém paga nada", diziam. 

O João que nunca descobriu o truque

Férias em agosto
Olhou para mim e perguntou: 
— Não me conheces?
— Não! — respondi.
Olhei melhor e a sua expressão dizia-me qualquer coisa. Nem assim consegui reconhecê-lo.
Foi então que ele me disse de quem era filho. E de imediato tudo se tornou claro. Era o João.
Aí começou a animar-me a minha memória. Que me visitava frequentemente quando na juventude estive doente dos pulmões e acamado. Que gostava de conversar comigo e dos truques que eu fazia para entreter os amigos que vinham saber da minha saúde. Só não conseguiu perceber como é que eu fazia desaparecer a moeda que caía no copo de água. 
— Ainda hoje me lembro desse truque e nunca descobri como é que fazias aquilo.
— São truques… — adiantei eu.
Falou-me dos pais, dos filhos e da reforma que está a viver. 
Disse-me que muitas vezes se tem cruzado comigo sem nunca ter tido a coragem de me interpelar.
Ralhei com ele e disse-lhe que nunca mais fizesse isso. Gosto que me falem ajudando-me a recordar o passado. Não faz sentido passar por alguém que conhecemos sem uma saudação, por mais simples que seja.
(…)
Agosto é, desde que me lembro, o mês de férias por excelência. Para quase toda a gente. E quando a emigração começou para a Europa, sobretudo, é certo e sabido que na Gafanha da Nazaré e demais povoações de Portugal as férias passaram a ser mais animadas. Há aldeias quase a desaparecer do mapa que se transfiguram, enchendo-se de vida. Quando passei férias em Trás-os-Montes com a família, senti de perto essa realidade. Nas vilas e cidades, as férias dos emigrantes ficam mais diluídas, mas nem por isso ignoramos que os nossos conterrâneos estão de volta durante pelo menos um mês.
Os anos passam a correr e os cabelos brancos ou a falta deles escondem fisionomias que nos foram próximas. Mas estamos sempre a tempo de as trazer até nós. Basta uma simples saudação para desfiarmos memórias de décadas.
Aqui fica uma saudação amiga para os emigrantes que chegam para férias, mas também para os que não puderam vir.

A chegada do navio ao cais

Os familiares junto ao navio; os curiosos mais ao largo
A vida dos marítimos é ingrata. Longe das famílias e amigos, os trabalhos de bordo não lhes dão descanso. Quando eu era menino e moço, nos lugres e arrastões não havia horas de trabalho e o descanso era reduzido. Alguém disse um dia que os marítimos da nossa frota eram autênticos escravos. Presentemente, não será assim, mas o dia a dia nos navios, longe dos ambientes de terra, continuará duro.
Nas famílias, escrevi um dia, na hora da partida viviam-se momentos de silêncio e dor. Era certo que só daí a uns meses voltaríamos a sentir o amor dos nossos pais e amigos. A alegria vinha depois, com hora marcada na entrada da barra e na atracação dos navios no cais. A espera incomodava, mas estava alimentada pela certeza do abraço e do beijo iminentes. 
Ontem tive o privilégio ou sorte de assistir à chegada de um navio ao cais do porto de pesca longínqua, na Cale da Vila, Gafanha da Nazaré. Curiosos e familiares, estes mais próximos do navio, esperavam ansiosos os seus entes queridos. 

A Ponte da Cambeia



A Ponte da Cambeia era, na minha infância, o centro de muita vida. Ali esperávamos os barcos mercantéis que traziam, das feiras de Aveiro e da Vista Alegre, as mercadorias adquiridas pelos gafanhões. Eram entregues ao barqueiro, com sinais identificativos, e na hora combinada, conforme a maré, eram esperadas pelos seus donos. Nesta ponte e noutros locais das Gafanhas. Quando havia atraso, os barqueiros deixavam-nas ali mesmo, na certeza de que não haveria ladrões.
Na ponte, pudemos assistir a manobras arriscadas, em dias de temporal, com os homens do leme a orientarem as embarcações, com rigor, para passarem sem perigo. Nadava-se, conversava-se, atiravam-se piadas aos barqueiros, com perguntas ingénuas e algumas vezes maldosas: “Quem é o macaco que vai ao leme?”
Recordo-me, bem, da pesca do safio. Vara forte, com arame numa ponta. Preso tinha o anzol. Enfiava-se na toca onde se refugiava o safio e esperava-se que ele atacasse o isco. Depois, com força, puxava-se, puxava-se, que ele oferecia enorme resistência. 
Com estas lembranças, como não hei de ter pena de a Ponte da Cambeia ter morrido sem glória? 
Sei que não era uma ponte romana nem coisa que se parecesse. Mas era a nossa Ponte. Ponte do lugar da Cambeia, da Gafanha da Nazaré.

Fernando Martins

Recordando o Padre Jeremias Vechina

Texto escrito em 18 de agosto de 2009

D. Manuel de Almeida Trindade 
tinha grande admiração 
pelo padre Jeremias

Padre Jeremias (à esquerda) e seu irmão José Carlos


No domingo, participei na eucaristia das 11.15 horas, na igreja matriz da Gafanha da Nazaré, presidida pelo padre Jeremias Vechina, meu colega da escola primária, na já famosa, para os da minha idade, Escola da Ti Zefa. Não via o padre Jeremias há anos e gostei de estar com ele alguns minutos. Esteve doente há pouco tempo. "Desta safei-me", disse-me.
Também gostei da homilia que fez, com nível, ou não fosse ele um conhecido especialista em espiritualidade.
Quando cheguei a casa, veio-me à memória o tempo da escola. E dele recordei a alegria natural e permanente, bem como a facilidade com que fazia amizades com todos os colegas. Ainda recordei a sua caligrafia, com a inclinação para trás, ao contrário do que era habitual.
Depois, a minha memória continuou até que cheguei à admiração que D. Manuel de Almeida Trindade, que foi Bispo de Aveiro, tinha pelo padre Jeremias e pela sua cultura espiritual, como um dia me disse. E fui à cata de algum escrito de D. Manuel, onde essa admiração estivesse patente. Localizei, então, no livro do nosso antigo bispo —  Apontamentos de Retiros —,  um  retiro orientado pelo padre Jeremias, em Fátima, entre 13 e 17 de Junho de 1983. Só algumas passagens:

Conferência da manhã: «Uma conferência doutrinalmente profunda. O Padre Jeremias começou por evocar o centenário da morte de Santa Teresa de Ávila e o papel que ela desempenhou no século em que viveu. O seu papel foi servir de ponte: ensinou os teólogos (teólogos da escolástica decadente) a rezarem e a serem ‘espirituais’: e ensinou os espirituais a recorrerem à teologia (e aos teólogos) para que a sua espiritualidade tivesse fundamentos sólidos e não fosse devocionismo epidérmico.» 
Mais adiante, diz: «Belas palavras as do Padre Jeremias acerca da esperança a partir do pensamento de S. João da Cruz.»

Outra Conferência da manhã: «Bela conferência do Padre Jeremias sobre a maneira como o homem provocou a ausência de Deus e como Deus procura afirmar a sua presença de amor, chegando a sentar-se no banco dos réus, no lugar do homem… Esta ‘ausência’ de Deus é sentida pelos místicos da maneira mais viva. S. João da Cruz fala nas ‘noites escuras em que Deus parece que se esconde —os terríveis silêncios de Deus!» 
Fico-me por aqui para não cansar os meus leitores. Apenas quis recordar o meu amigo padre Jeremias, sublinhando, levemente, a sua espiritualidade e a admiração que D. Manuel de Almeida Trindade tinha por ele.

Fernando Martins

Manda a tradição — Castanhas e Jeropiga

Dia de S. Martinho 
come castanhas e prova o vinho 

Cá está o nosso assador

Manda a tradição que neste dia, 11 de novembro, se comam castanhas e se prove o vinho novo. Castanhas estarão garantidas, mas o vinho novo não está nos nossos costumes. Na Gafanha não há vinhas, vindimas e muito menos vinho nas pipas à espera da hora de ser saboreado.
Se não há vinho na adega, não falta por aí do bom e do melhor. Mas cá por casa contentamo-nos, tal como na minha infância, com um copito de jeropiga. Até os diabéticos, que é o meu caso, podem adoçar as gargantas, que uma vez não são vezes.
Hoje, porém, as castanhas não têm o mesmo sabor. Assadas no forno do fogão, o gosto não é realmente o mesmo. Antigamente fazia-se uma fogueira no velho borralho, onde por cima se defumavam os chouriços, as morcelas e os presuntos. E à falta dele, era num fogareiro que se assavam as castanhas, numa panela de barro com buracos, ligados uns aos outros com arames, diziam que tal era preciso  para evitar que a panela estoirasse. E sabiam bem… Mas nunca, que me lembre, ficavam com o tempero e o gosto das castanhas vendidas pelos assadores que se instalavam, no olho da cidade de Aveiro, por esta época. Segredos que nunca descobri, mas que eram mais saborosas, lá isso eram.
Ontem, em jeito de quem adianta o dia de S. Martinho, não vá alguém esquecer-se que o dia a celebrar seria hoje, já comemos castanhas, num assador de lata comprado pela Lita em qualquer feira. Será que vamos repetir a dose? Se não, paciência. É que o S. Martinho, à custa das castanhas, é quando nós quisermos.
Bom S. Martinho para todos.

Egas Moniz na estação do Porto

  Quando vou ao Porto, a capital do Norte, lembro-me com frequência dos painéis que decoram a sala de entrada da Estação Ferroviária. Nunca ...