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Dia Mundial da Rádio - 13 de fevereiro



O  rádio da minha juventude tem lugar de honra na minha tebaida

O Dia Mundial da Rádio celebra-se hoje, 13 de fevereiro. Foi neste dia que a United Nations Radio emitiu pela primeira vez, em 1946, em simultâneo, para um grupo de seis países, como se pode ler  no Google em  notas referentes a esta efeméride. 
Quando nasceu a TV, logo surgiu a ideia de que esta nova tecnologia da comunicação acabaria, mais dia menos dia, por destronar a Rádio, que tanta gente mobilizava, quer como profissionais quer como ouvintes. Mas tal não aconteceu. A Rádio, na minha modesta opinião, soube resistir e adaptar-se. 
Durante a minha juventude, fui ouvinte assíduo das emissoras de rádio, tanto nas horas de noticiário como durante os períodos de música, de mistura com relatos de competições desportivas, entrevistas e outras reportagens, neste caso com “retratos” de terras da nossa terra. 
Na altura em que me encontrava doente, acamado, como diversas vezes tenho dito, a Rádio foi minha fiel companheira de horas e horas, destacando-se um programa de discos pedidos que alguns amigos me dedicavam, com solicitações feitas via postais do correio. E ainda tenho presente no saco das boas recordações algumas entrevistas feitas por Igrejas Caeiro, um radialista e produtor de muito nível, que trabalhava com a sua esposa Irene Velez. 
Ouvia também as comunicações via rádio, onda curta, entre os mestres das traineiras e os capitães dos navios bacalhoeiros, estes, sobretudo, quando regressavam dos bancos da Terra Nova e Groenlândia. Nos primeiros casos, os mestres comunicavam como decorriam as pescarias, se havia muito ou pouco peixe (dizia-se, na altura, que falavam por código). E das comunicações dos bacalhoeiros ficávamos a saber o dia e hora da chegada à entrada da barra, onde os navios eram esperados com euforia. 
Ainda lembro a Hora da Saudade, com mensagens gravadas para as tripulações dos navios da pesca do bacalhau, enviadas pelos seus familiares. Eu próprio falei para o meu pai,  lendo uma mensagem curta mas muito sentida. 
Hoje, tantos anos depois de a TV dominar grande parte do mundo da comunicação, eu continuo a dar preferência aos programas de rádio, enquanto trabalho nos meus espaços. Nos meus gostos, estão a música variada e selecionada com critérios diversos, conforme a estação emissora, os noticiários sintéticos baseados na máxima de que a rádio dá a notícia, a TV mostra-a e o jornal tem por função explicar,  com mais pormenor, o que aconteceu. 

Fernando Martins

13 de maio pela rádio em casa do senhor João Catraio



Teria os meus seis anos quando vi e ouvi, pela primeira vez, um rádio. Na altura chamavam-lhe telefonia. Foi na casa do tio João Catraio. Num dia 13 de Maio, para ouvir as cerimónias de Fátima.
Mulheres e filhos sentados no chão, numa sala onde a telefonia era rainha, ali se ouvia o que decorria no Santuário de Fátima, com a missa celebrada em latim. Um padre fazia os comentários e um locutor, como então se dizia, dava explicações do que estava a acontecer. O tio João, sentado ao lado do rádio, de quando em vez acertava a sintonia. Pelos vistos, as ondas sonoras desviavam-se do aparelho e era preciso estar atento, para não se perder pitada do que lá longe se celebrava. 
Na sala, ao lado das pessoas sentadas no chão, estavam a mulher Carolina e as filhas, Maria e Clementina (gémeas), estas mais atentas ao que se passava e à espera de quem viesse para ouvir a transmissão daquele santuário.

13 DE MAIO PELA RÁDIO




Teria os meus seis anos quando vi e ouvi, pela primeira vez, um rádio. Na altura chamavam-lhe telefonia. Foi na casa do tio João Catraio. Num dia 13 de Maio, para ouvir as cerimónias de Fátima.
Mulheres e filhos sentados no chão, numa sala onde a telefonia era rainha, ali se ouvia o que decorria no Santuário de Fátima, com a missa celebrada em latim. Um padre fazia os comentários e um locutor, como então se dizia, dava explicações do que estava a acontecer. O tio João, sentado ao lado do rádio, de quando em vez acertava a sintonia. Pelos vistos, as ondas sonoras desviavam-se do aparelho e era preciso estar atento, para não se perder pitada do que lá longe se celebrava. 
Na sala, ao lado das pessoas sentadas no chão, estavam a mulher Carolina e as filhas, Maria e Clementina (gémeas), estas mais atentas ao que se passava e à espera de quem viesse para ouvir a transmissão daquele santuário.

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