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A paciência

Pescadores e acompanhantes
Pescadores em hora de descanso?

Aprecio a paciência, nas suas múltiplas expressões, porque traduz qualidades que não possuo em grau elevado. Mas sei reconhecer que a paciência pode trazer aos seus cultores prazeres inesperados. Desde logo, os pescadores desportivos, que são capazes de estar horas e horas à espera que o peixe pique (vulgo ensaie roubar o isco), correndo o risco de ficar preso no anzol. Do mesmo modo, sei que os fotógrafos de animais raros ou fugidios, que temem o homem como o diabo a cruz, que são capazes de ficar à espera, pacientemente, noites inteiras, que eles surjam entre a folhagem das florestas ou nos interstícios das fragas serranas. Mas ainda os fotógrafos que buscam um pôr do sol único, enquadrado por panoramas fascinantes, esperando dias e dias que a oportunidade o surpreenda. 
Hoje fiquei-me pelos pescadores que, na Praia da Barra, durante a tarde abençoada por um sol acalentador, tentaram apanhar uns peixinhos para o jantar. Eram vários, mas não vi que algum pescasse coisa de jeito. E lá ficaram, serenamente, pensando que há dias e dias. Amanhã será melhor, admitirão todos. E eu acredito.

Fernando Martins

Um dia enriquecedor


Aprendi paciência, humildade e...

Ontem [18 de maio de 2007] estive umas boas horas no Hospital Infante D. Pedro. Para consulta de rotina e como acompanhante de um familiar com um incómodo que aconselhava o Serviço de Urgência. Olhando pela positiva, foi um dia enriquecedor. Aprendi paciência, humildade, respeito pelos outros, compreensão pelas dificuldades de profissionais e utentes, aceitação do sofrimento, atenção aos mais idosos, apreciei a disponibilidade de muitos, tentei ler o que vai na alma de alguns. O tempo de espera deu para muito. 
Aos hospitais chega de tudo. Gente idosa e mais nova, gente que vem acompanhada e gente que vem só, gente que tem tudo e gente a quem falta tanta coisa, gente que sofre e gente tranquila, gente com dores e gente que sabe consolar, gente que se senta e gente que procura ajudar quem chega. 
Para ajudar, não faltou a oferta de chá, café, leite e bolachas, graças à colaboração de voluntários hospitalares. Eram duas senhoras simpáticas e bem dispostas, que não se cansavam de chamar a atenção para a oferta. "Ninguém paga nada", diziam. 

Egas Moniz na estação do Porto

  Quando vou ao Porto, a capital do Norte, lembro-me com frequência dos painéis que decoram a sala de entrada da Estação Ferroviária. Nunca ...